Saignements - Rodrigo Rodrigues
Foi maravilhoso estar alí com o meu trabalho e os meus convidados. Além é claro de outros diversos visitantes que prestigiaram tanto o meu trabalho como o dos músicos aí presentes (Maíra Lana e Seu Juba, e Coral Flor do Canto).
Foi muito prazeroso ver as pessoas interagindo com os trabalhos, sugerindo pecados e desvendando significados. Fiquei profundamente feliz e satisfeito com o resultado.
Acredito que cada passo é dado a partir do primeiro e graças a Deus ontem eu dei um bom primeiro passo.
Ontem me questionaram a respeito da "beleza" em meus trabalhos e eu pensei muito antes de dar minha resposta. Fico profundamente incomodado quando as pessoas olham meus desenhos e dizem: "que bonito." Pois elas deixam de ver inúmeras coisas para olhar a suposta beleza do trabalho.
Eu quando crio algo não penso na formosura, mas no equilíbrio das linhas e formas. Não me importo com regras anatômicas desde que elas estejam equilibradas. Não gosto de simetria, na verdade gosto de tudo aquilo que é assimetricamente equilibrado e harmonioso.
Não pretendo discursar a respeito da beleza e da feiúra. Mas me vejo um pouco incomodado com o culto artístico que se faz ao espontâneo.
Vejo muito a TV quebrada no meio do salão sendo mais cultuada artísticamente que o quadro pintado por Antônio Parreiras ao lado. Não deveriam como manifestações artísticas serem igualados? Ou seria apenas o espôntaneo aquilo que merece maior atenção?
Meu trabalho se propõe a seguir caminhos a certo tempo esquecidos, ditos como quadrados. Mas não vejo nada estranho em se comunicar com harmonia, estudo e dedicação. Meu trabalho não é espontâneo.
Como disse anteriormente eu escondo atrás daquilo que acham bonito uma série de significações. Basta-nos observar.
Bom... é isso... em breve estarei postando as fotos da expo!
Desculpem-me pelo desabafo...
Seus trabalhos estão excelentes, cara, só não pare de trabalhar!
ResponderExcluirSucesso pra você mano!
"Porque mexeu com vc, mexeu comigo"
ResponderExcluirGoldschimdt, Marcia